A verdadeira felicidade

Ao protegermos os nossos sonhos estamos a proteger o que nos faz felizes, o que nos faz sonhar.

No primeiro ano que fui a Taizé, conheci dois rapazes alemães. Um chamava-se Marcus, o outro nunca cheguei a saber o nome. De um momento para o outro começámos a falar sobre a felicidade, mais, sobre: a verdadeira felicidade. Eu defendia que a verdadeira felicidade é aquela que vem de Deus, a que fica e que não é arrancada. Dura e somos capazes de viver nela. Mas o outro rapaz (que nunca soube o nome) achava que a verdadeira felicidade era tão grande que nos matava. Sendo assim, só depois de morrermos a conseguiamos alcançar. Acho que o ponto de vista dele tinha uma coisa por debaixo que ele não sobe expressar que era: só quando estamos juntos de Deus é que conseguimos ser plenamente felizes; De qualquer forma, não foi isto que ele disse...ele afirmou, que para ele, a verdadeira felicidade só se atinge quando morremos. Isso assustou-me a mim e ao Marcus, e demos voltas e voltas para lhe explicar que se ele não fizesse por ser feliz, AQUI e AGORA nunca o seria. A vida dele nunca teria sentido, se ele à partida não fosse uma pessoa em busca da felicidade, nunca chegaria a lado nenhum, porque não faria um esforço para a encontrar.

À noite, estava lá no bar onde a malta se reune toda a tocar viola e a falar muito alto. Ao longe vi o Marcus aproximar-se. Ele também tinha ficado a pensar naquela conversa e quando chegou ao pé de nós (a Catarina estava comigo) propôs que rezassemos por aquele rapaz! Eu incrédula ainda lhe perguntei: Mas aqui? No meio deste barulho todo?; Ele respondeu na maior simplicidade: Porque não? :)...e assim foi. Demos as mãos e rezamos por ele.

Talvez tenha sido das coisas mais marcantes que me aconteceram em Taizé...apeteceu-me só partilhar :)

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