"...enquanto alguns fazem figura, outros sucumbem à batota
chega onde tu quiseres, mas goza bem a tua rota"
Tenho-me deparado ultimamente com uma enorme vontade de olhar para dentro e ficar por lá um bocado, a descobrir tudo aquilo que sou e que tenho vontade de chegar a ser.
Ando com a calma de quem tem sede se de conhecer e sede de se encontrar. Pressa de me encontrar já tive, mas agora sei que o que importa é o caminho que fazemos para lá chegarmos.
Para que os outros nos conheçam é preciso eu conhecer-me? Sim! O minímo dos mínimos...a questão é que o mínimo dos mínimos nós já sabemos de nós. Agora, o máximo dos máximos já envolve o tempo que gastamos connosco próprios, e esse tempo temos que ser nós a decidir se o queremos dispensar das nossas 24h diárias ou não.
Tudo isto me tem feito ver, que valorizava muitas coisas que se calhar não mereciam tanta atenção, afligia-me por não ter tudo a tempo e horas! Não quero com isto dizer que devamos ser uns baldas sem objectivos e totalmente relaxados. Não! Nada disso...quero só dizer que, nos preocupamos demais e sofremos demais com coisas que nos acontecem, porque não conseguimos ver o outro lado, que é o lado bom, seja do que for.
Claro que quando olho para dentro vejo coisas que não gosto, mas é tão gratificante só o ter a capacidade de reconhecer que há pontos em que eu posso melhorar e muito, não exigindo que seja perfeita, apenas que seja melhor. De tentar ser melhor é que não me posso fartar!
É de facto a melhor arma que temos para levar a vida de uma forma feliz. Com tudo o que ela nos traga de bom e mau, conhecendo-me e aceitando, não ficar parada sobre o problema, mas seguir em frente com a dor (ou não) que ele traga e viver da melhor maneira possível.
Só se arranjarmos um "espaço amizade" connosco próprios é que nos poderemos conhecer até um dia nos aproximarmos do "máximo dos máximos", mas lá está...isso depende de cada um...
Muitas vezes faço um "exercício". Antes de adormecer tento lembrar-me das coisas que fiz durante o meu dia (com pormenores e tudo), e tento perceber porque reagi assim perante determinada coisa, ou porque não reagi sendo mais EU. Acrescento a esta reflexão: onde é que esteve Deus durante o meu dia? Quem mo trouxe? Em que O procurei?
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