Parar

Parar nem sempre é fácil.
Encontro-me naquele de período de procrastinação de que tanto gosto. O levantar, ir para a praia, o ler, desenhar, voltar à praia e vir para casa, dar ou não a voltinha da noite.
Parece imensa coisa para fazer, ou talvez não, mas a verdade é que no meio de tanta coisa que acaba por ser vazia, há imenso tempo para "parar" no verdadeiro sentido da palavra.
Sabe bem não fazer nada depois de um ano tão cheio de tanta mudança, de pessoas novas e de até uma vida nova. Creio que esta paragem é importante, mas é difícil. É difícil desocupar a cabeça das mil coisas em que estamos metidos. É difícil desligar de problemas. Ainda não soube "chegar" aqui, porque não consigo desligar-me de ideias, de vários pedidos e também de lugares.
Sei e percebo, que tudo tem que ter um tempo, mas mesmo isso não é fácil de aceitar.
Gostava de ter a sabedoria de aterrar e chegar. Mas não tenho. Stresso se não tenho nada que fazer, se não penso em novos projectos...
O limite está mais uma vez, em sentir-me ou não útil. Posso deixar de ser útil durante 15 dias? Posso tirar férias de mim e para mim? Posso ser a Rita se deixar de inventar só por este período de tempo?
Acho que posso parar e conseguir chegar, de facto, continuando a ser útil, continuando a ter ideias, mas aprendendo a viver tudo a seu tempo. Hoje é hoje e amanhã será amanhã.
Até conseguir separar as águas estarei a crescer...(e bem que preciso de crescer)!

Sem comentários: