Bem! Há dias mesmo cheios de vida e de histórias.
Comecei o dia a tentar descobrir uma gráfica, com a qual já tinha falado. Quando lá cheguei não pude imprimir o que queria, porque não tinha levado as coisas prontas a serem reproduzidas (que esperteza!) - "Volte amanhã sff!" - lá terá que ser!
Pude praticar um bocadinho do meu (já bastante mau) inglês, com um senhor alemão que estava com umas dúvidas relativamente ao cartão do metro/comboio - e pensar que há quatro meses atrás, estava eu no meu bom português a perguntar isso e muito mais. Agora sou eu quem as esclareço!
Lá ia no meu comboio quando uma ciganita e mãe se vêm sentar ao meu lado! A pequena mal olhou para mim desatou a fazer perguntas e mais perguntas. Quando perguntou para onde é que eu ia e lhe respondi: olha, vou trabalhar!; surgiu de imediato: Onde está a tua mamã?
- Olha, a minha mamã está a trabalhar também! - disse eu
- Hum... - e virou-se para a mãe dela e disse baixinho - acho que ela não tem mamã!
Ri-me muito com isto...então o facto de a minha mãe não estar ali comigo, para aquela criança era sinal que não tinha mãe já! Garanti-lhe que tinha mamã e papá só que não podiam estar ali comigo.
O interrogatório continuou até eu sair. Chamava-se Irene, a pequenita.
No supermercado, uma senhora velhota que estava toda carregada passou à frente da fila e veio por-se atrás de mim. Ajudei-a a pôr as coisas no tapete rolante e às tantas lembrou-se que lhe faltavam uns chocolates. Mal virou costas, a senhora que estava à minha frente diz: esta gente, só quer passar à frente e deixa os outros à espera. Enfim....; Imediatamente pensei: tens que aprender a perdoar. Tens que aprender a tirar pedras do caminho. Há pedras que já lá estão, mas há outras que somos nós a pôr. E as que pomos, a maior parte das vezes não têm sentido nenhum....

Sem comentários: