Estamos a acabar a grande semana da queima das fitas de Coimbra. É a maior queima do país, conta com muita gente de fora, vários estudantes de outras cidades preferem passar aqui a Queima, porque sim, aqui é que há a grande festa, a grande tradição.
Tenho muito orgulho na minha cidade, tenho orgulho em saber direitinho o código de praxe e saber trajar. Respeito a minha capa por toda a tradição que ela tem e por toda a história que ela sustenta, mas, infelizmente, nem sempre é esta a mensagem que os estudantes passam às pessoas que vêm de fora para ver estas festas. Há muita gente que não devia usar capa e batina! Porque simplesmente não sabem usar. A imagem que passa lá para fora é que esta festa só é grande por causa do alcóol, e só assim é que as pessoas se divertem! Digo-vos, não é isto a Queima das Fitas de Coimbra, a Queima é muito mais do que o alcóol e pessoas bebedas, é um conjunto de tradições, é amor à capa e batina, é o queimar o grelo, o desfile dos carros, os (bons) concertos, o chá dançante, o baile de gala, as bengaladas, as cartoladas, o Mondego (o nosso lindo Mondego), e sobre tudo: a bela da Serenata Monumental; que é de arrepiar qualquer um. Não há nada como as tunas, como a estudantina de Coimbra, simplesmente não há.
Coimbra é isto! Não é as bebedeiras, nem as ruas vomitadas de excessos despropositados.
E diz o fado "Coimbra tem mais encanto na hora da despedida", mas eu discordo "Coimbra tem mais encanto quando se chega e se olha sobre o Mondego, e sobre a Cabra, e quando olhamos nos sentimos realmente em casa"...

Quem passa por Coimbra não esquece!

Rita

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