Coisas que eu (não) sei



A principio é difícil.
Estamos fechados na nossa concha. O silêncio não é cómodo.
Depois, lentamente (porque acredito que as grandes coisas precisam de tempo) vamos dançando e conhecendo o ritmo de cada um.
Tudo passa pela cara limpa, o sorriso único e a firmeza das convicções. Chegamos mais dentro, mais fundo. Percebemos que caminhos necessários, mas sobretudo percebemos que há coisas a moldar.
Queremos desiludir-nos e ver o que realmente existe de verdadeiro - é uma busca.
Há o balançar do entendimento e há as arestas a limar.

Sei de pouco. Sei de muito.
"Sentir" é-me quente. É-me claro. Talvez seja a única coisa de que sei realmente falar, sem me atrapalhar, tendo as ideias arrumadas - os afectos; Sei falar de mim e, mesmo que não saiba o que quero, sei o que não quero. Porque para ser para os outros, tenho que me conhecer a mim primeiro e não há outra maneira de chegar a mim, senão, tentando ser eu própria. Sem máscaras.

Em tudo isto está Deus.

Mostrando-Lhe o meu coração tal como é...pequenino, desajeitado, mas com uma sede e vontade enorme de saber querer o que Ele quer para/de mim. Aprendendo a não trancar o que sinto e dizê-lo aos outros.



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