Outra margem de mim


Também faz parte do "Crescer", sabermos olhar para trás e percebermos o que se passou connosco, com as nossas relações e com o mundo em geral.
À medida que fui crescendo, tenho-me apercebido de que uma amizade não nasce do primeiro olhar, nem da segunda conversa. A amizade, tal como o nosso corpo, vai crescendo se alimentada, se bem tratada.
O que me custa quando tenho que mudar de vida é começar do zero, sobretudo com as pessoas. E é isso que sempre dá trabalho quando se olha para trás e se pensa: Hey! Nós só tinhamos aquelas confiança? (nota: aquela confiança = a nenhuma); E lembro-me sempre daquela matéria de Filosofia que tanto me fez pensar: A sociabilidade insocial do Homem;
A nossa vertente social versus a nossa vertente introvertida. E eu sou tanto disto... do... por vezes fechar-me na minha vertente introvertida e não querer sair dela. Preferir algumas viagens sozinha, eu e a minha música. Pois...e ninguém acredita.
Isto tudo para dizer que quando se ultrapassa esta barreira dos primeiros tempos de conhecimento, e se fica quase à vontade, consigo verdadeiramente ser eu! E no fundo, é só isto que me angustia: O não conseguir ser eu logo no primeiro contacto;
E não consigo, porque é expor demasiado aquilo que sou. É o medo de passar ideias erradas sobre mim. Aquilo que eu SOU é aquilo que construí e fruto das minhas experiências.
Costumam dizer que o mais importante não é a meta, mas o caminho que se percorreu até chegarmos a ela. E sim, é verdade. Se bem que muitas vezes gostaria de chegar à meta antes do caminho para saber como acaba....mas....

....não estaria a viver!

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" "Não é preciso correr, não é urgente chegar...o que é preciso é viver"

Sem comentários: