"Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até à borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha as asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída a mosca desanimou, parou de nadar e afogou-se. A sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz, e por isso continuou a debater-se. Debateu-se por tanto tempo, que, aos poucos o leite, com tanta agitação formou um nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz consegiu com muito esforço subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.
A mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu noutro copo. Como já havia aprendido com a sua experiência anterior, começou a debater-se, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e griou: "Tem uma palhinha na borla, nada até lá e sobe por ela!"
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e continuou a debater-se, até que exausta afogou-se no copo "cheio de água!"
A mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu noutro copo. Como já havia aprendido com a sua experiência anterior, começou a debater-se, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e griou: "Tem uma palhinha na borla, nada até lá e sobe por ela!"
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e continuou a debater-se, até que exausta afogou-se no copo "cheio de água!"
Muitos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e até mesmo nas pessoas. Esforçamo-nos para alcançar os resultados esperados até que nos afundamos na nossa própria falta de visão. Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está fora da situação, nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar " a nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.
"Reenquadrar" é permitir-se olhar a situação actual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo o que já vivemos.
"Reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como uma aprendizagem. Desta forma, todo o medo se extingue e toda a experiência é como uma nova porta que pode levar-nos à energia que precisamos, à motivação de continuar em busca do que queremos, à auto-estima que nos sustenta.
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