Amar

"A base de tudo é amar" dizia ontem o Pe.Nuno Tovar de Lemos, fazendo uma analogia ao primeiro mandamento de todos.
"Amar a Deus sobre todas as coisas" e só depois "amar o próximo como a ti mesmo", que juntamos num só e no mais importante mandamento. Santo Agostinho dizia: "Ama e faz o que quiseres"...
Tenho pensado muito, que amar nem sempre é fácil. Há muitos estigmas que nos impedem de amar. Além disso, a palavra "amor" está demasiado banalizada. Perdemos o sentido do amar. Por tudo e por nada "amamos". Acho mesmo, que hoje precisamos de pouco para amar (no sentido que todos dão).
Amar, está na minha opinião, a ser demasiado confundido com "gostar"/"estar entusiasmado".
Respeito muito a palavra "amar". Tento usá-la bem, a seu tempo e com quem a devo usar. Nem sempre é fácil quando somos levados pelo entusiasmo e pelas coisas que nos fazem bater o coração.
Amar também implica uma seriedade à qual não podemos fugir, mas que nem todos os que acham que amam, querem assumir.
Penso que este mandamento do "amar" é o mais importante não por ser bom, mas sim por ser muito mais do que isso. É que no fundo, é um mandamento exigente de entrega, de sacrifício, de despojamento, de ceder (e a lista poderia continuar). É também o saber deixar partir.
Sei que somos feitos para amar, mas ninguém poderá preencher toda a sede de amor que temos, a não ser Deus, que nos faz sentir completos e em casa. É arriscado confiar? Sim, é. Mas os frutos são maiores. É o preço de viver da confiança em Alguém que não vemos, mas que no entanto nos está debaixo da pele...
E amá-Lo é tão bom!
Tão quente...
Tão nosso...

1 comentário:

João disse...

"É também o saber deixar partir"

é abrir as mãos para receber algo melhor. é confiar que Ele sabe o que é melhor! ;)

Obg pela partilha!
:)