Eu até achava que à medida que fosse crescendo ia adquirir capacidades extraordinárias, qual super-mulher, e que a paciência seria uma delas.
Houve, de facto, um tempo em que pensei assim. Talvez tenha coincidido na época em que animava grupos de jovens e, que por isso, esta fórmula invisível para aprender a lidar com os adolescentes ia sendo descodificada.
O que acontece hoje em dia é que à medida que fui ganhando responsabilidade — nomeadamente gerir uma casa (com tudo o que isso implica), entregar trabalhos a tempo e horas — fui perdendo esta competência que outrora tive. Não a perdi em todas as situações. Há uma particularmente complicada a que dei o nome de "sociabilidade sensível". Ultimamente noto que fico chocada ( e muitas vezes triste ) com a falta de sensibilidade por parte do outro. O problema é que por vezes essa falta de sensibilidade é quase sinónimo de má educação.
Coisas como um simples cumprimentar ("bom dia"), o ceder o lugar a um idoso, ajudar alguém que vá muito carregado, o encarar a pessoa quando esta está a tentar estabelecer um diálogo, ajudar alguém que não saiba resolver aquele problema (e olha! afinal eu até sei...), são pequenos gestos de amor gratuito, que demonstram uma preocupação pelo que nos rodeia.
Se calhar esta sensibilidade de que falo pode equiparar-se ao bom senso e ao senso comum. Não estamos sozinhos no mundo. Precisamos todos uns dos outros.
Andava eu nestas minhas reflexões quando me foi mostrado este vídeo:
E perante isto. Nada mais tenho a acrescentar.
Ahh! Será que já se oferecem os míticos "frasquinhos de paciência"?
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