De repente, apercebo-me das mudanças.
Apercebo-me das ilusões e da dificuldade que existe em me deixar desiludir.
Tomamos as coisas como nossas. Gravamos na memória o que achamos que pode aquecer sempre o coração e nem reparamos que nada é eterno. O choque é maior.
As crianças crescem, o entusiasmo dá lugar a uma certa frieza que não sei gerir. Como se tivessemos que passar ser distantes quando crescemos.
É difícil explicar que não tem que ser assim. Dói o olhar dos outros, quando digo que não temos que deixar o entusiasmo para trás. Antes era bem mais fácil, bem mais nosso.
Talvez seja a rotina.
Talvez seja a falta de tempo ou paciência.
Talvez seja a falta de amor e a mudança.
Somos a nossa história, moldados pela vida. Mas podemos contrariar o que nos acorrenta e não nos torna livres.

Quatro dias chegaram para perceber tanta (in)diferença.
Os restantes, servirão para aceitar.

"Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre"

1 comentário:

Anónimo disse...

Às vezes pergunto-me como podes sentir estas coisas no preciso momento em que eu também as sinto.

Adorei, uma vez mais, a partilha!
Um beijinho e um abraço apertadinho! Já agora, um Feliz 2012 (sem muitas (des)ilusões) :)
Tatti*