Ou aproveitamos para viver a experiência lamentando-nos da falta que nos faz tudo o que deixamos, para começar do zero, ou encaramos a nova experiência, como algo que nos faz crescer e nos torna mais fortes.
Esta semana foi um tempo para me lançar em muitas coisas novas. O criar espaços em novos sitios, também faz parte das mudanças.
Surgiram pedras no caminho, algumas bem grandes...mas foram ultrapassadas, de dia para dia. Com a confiança.
A questão toda é: Como é que quero viver este tempo?;
Acho que é uma óptima oportunidade para fazer das fraquezas, forças. É um óptimo tempo para parar, pensar e rezar. Deixar a minha preguiça, aprender a organizar o meu tempo, aprender a fazer as coisas bem feitas, ser mais arrumada.
A responsabilidade vem em "colheres de chá" diárias, em que me torno autónoma. Custa um bocadinho. Apesar de tudo, não me tenho sentido sozinha... porque sei que não estou.
Tenho muita necessidade de tempo, e de sentir que eu sou dona do meu tempo. Também vem do facto de ganhar autonomia.
Quando cheguei ontem a Coimbra, senti o meu quarto um bocado vazio. Senti, acho, que o meu quarto está sem mim...apesar de tudo estar no mesmo sitio. Será possível que numa semana as coisas tenham mudado? Afinal que raio de sensação é esta que não me faz sentir tanto do lugar onde pertenço?
O que me faz mais falta, quando estou lá longe, são os abraços que aqui tenho.
De resto, ando a descobrir tanta coisa todos os dias, e a penetrar no mistério que é viver noutra cidade (com todos os problemas que isso possa trazer), ando a descobrir cada metro por mim. Tenho encontrado pessoas fantásticas que me querem ajudar.
Sobretudo percebo que nós sozinhos não vamos a lado nenhum. Precisamos até das pessoas que não conhecemos. Numa semana já deixei tanta da minha alma por lá... sei que vai chegar um dia, em que vou ter urgência da calma de cá. Mas acho que os 20 anos são mesmo assim. Não caibo em mim com tanto mundo para descobrir. "Hoje" acho que sou capaz ir a qualquer lugar, porque não tenho medo de me perder. O evangelho de hoje fala das construções na areia e na rocha... e eu preciso mesmo de saber construir na rocha. Algo forte que me marque e que me faça aprender. Mas eu sou mesmo assim...viver só à tona não chega!
Nesta nova experiência, cabe-me a mim abandonar-me em Deus, para que tudo corra bem.
E a minha lista de coisas para fazer continua a aumentar....eu estou aqui!
P.s. - Não há melhor música neste momento, para descrever a forma como vejo a vida - a minha vida.
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