Photograph

Sei que existo quando (ainda) me emociono com coisas simples.
Simples.
Bonitas.
Pequenas.
Sei que estou viva quando me deixo tocar pela beleza.
Sei que preciso da minha sensibilidade (não só para criar mas para poder viver e me envolver.)
É bom saber que não me importo se as lágrimas se mostram no meu aconchego ou numa biblioteca cheia de gente. Porque continuo a ser eu. Aquele eu que tantas vezes parece que perdeu a alma. Aquele eu que se deixar tocar pelas coisas bonitas.
E este é o impulso.
As palavras são o motivo e a melodia também.


Sim

Já passou tanto tempo desde que tornei este espaço numa espécie de diário.
Já tanta coisa aconteceu. Já cresci e saí (de mim, do meu canto e de tantas outras amarras).
Se tenho saudades? Tenho saudades do tempo em que havia tempo para escrever. Para escrever da minha relação com Deus, com os outros e com os dias.
Estou a semanas de um dos saltos mais importantes da minha vida. Daqueles que nos reviram a vida e que nos ensinam e obrigam a desinstalar. Mas um salto tão feliz, tão ponderado, tão de Deus!



Há 'sins' que valem tanto a pena!